Nasceu no Rio de Janeiro, a 27 de fevereiro de 1853, aquele que se chamou Francisco de Menezes Dias da Cruz e que se tornaria, mais tarde, médico homeopata dos mais notáveis do seu tempo.

Filho de antecedente de igual nome, professor da faculdade de Medicina, e de Rosa de Lima Dias da Cruz. Quando aluno da Faculdade de Medicina, perdeu o pai.

Foi bibliotecário durante dez anos da Câmara Municipal, sendo demitido à época da Proclamação da República, sob a falsa imputação de monarquista. Presidiu o curso de Hahnemanniano e o Instituto Hahnemanniano do Brasil.

Homem de invulgar cultura e possuidor de grande clínica, o Dr. Dias da Cruz não fugia dos deveres caritativos, dando expansão aos seus sentimentos humanitários. Estudioso desde a infância preocupava-se com a ciência homeopática, deixando riquíssima biblioteca.

Francisco Dias da Cruz foi conduzido ao espiritismo acicatado pela curiosidade ao Ter notícia de seu genitor, que fora também médico como ele, e já desencarnado, distribuía receituários, após as sessões de Doutrina Espírita, na sede da FEB, através de um médium.

Não obstante incógnito no ambiente, o Espírito que, na vida material, fora também chamado de Dias da Cruz, manifesta-se e solicita a presença do filho na mesa dos trabalhos. Surpreso, Dias da Cruz se aproxima para um diálogo de emoções indescritíveis. Nascia, ali, inquebrantável compromisso do grande médico homeopata Dr. Dias da Cruz com a Doutrina dos espíritos. E de tal monta fora esse compromisso que, alguns anos depois, em 1890, o ilustre médico era eleito presidente da FEB, cargo que exerceu até os primeiros dias de 1895. E em 1896, ainda em decorrência de uma proposição do ínclito Bezerra de Menezes, e em face dos extraordinários serviços prestados à FEB, Dias da Cruz foi aclamado seu presidente honorário. Título que poucos obtiveram.

Desencarnou no Rio de Janeiro em 30 de setembro de 1937, com 84 anos de idade, deixando belíssimo rastro de luz simbolizado pelos bons serviços prestados e indiscutíveis exemplos de homem de bem.